Explico melhor, querer fazer um bom assado pode acabar em pedaços mal assados, cru ou queimados, sem sabor, que deixarão na memória de todos a péssima imagem de que, com aquele assador, nem pensar.
Felizmente, para amenizar os problemas e ser uma luz para aqueles que desejam investir na arte de bem fazer o churrasco surgiu a mente brilhante do Mauro Abreu de Camargo. Há mais de 20 anos ele vem conhecendo as características das carnes e o resultado no momento em que vão para fogo. E o melhor é que ele resolveu empreender toda esta bagagem de conhecimento através do projeto Embaixador do Churrasco.
Eu tenho no sangue as características de pessoas que lidam com carne e com o ato de assar. Meu pai, Nonato Carvalho de Oliveira, foi tropeiro na década de 40 e nos anos 70 comi muita carne, pra lá de bem feita por Ele, tanto na panela como no espeto. E o Pai nos deixou em 1975 e assim me desencorajei em enfrentar os espetos já que estava com 11 anos. Junta-se a isso que sempre vivi em apartamento há mais de há 30 anos desde que sai de Pelotas para estudar em Porto Alegre com passagens por Caxias do Sul e Gramado.
Agora, como a ajuda do Mauro e de todos que vão participar do curso de Churrasco neste dia 23 de novembro, à noite, espero tirar dúvidas e encarar de vez os espetos, sem medo, e servir bem as pessoas que estiverem comigo. Eis alguns questionamentos:
1. Como espetar os diversos tipos de carnes? Poderia ter sido tratado com mais profundidade, mas perdi o medo e a prática vai ensinar. Vou encarar. Sinto que estou determinada para tal.
2. Quando a carne começa a ficar pronta? Aqui, o grande segredo é a força do calor do fogo. Tem que ter fogo bom, caso contrário o churrasco falha. A máxima sempre é colocar um pouco em cima e depois ir baixando. O calor excessivo sapeca e não assa. E, claro que a experiência com grandes assadores, como o amigo Sadi, sempre é um aprendizado. Ou seja, a prática é sempre fundamental.
3. Quando colocar no fogo? Depois que o braseiro estiver muito bom, sem carvão preto.
4. E o corte com muita carne em relação aquele que tem osso? O ensinamento foi que o corte com muita carne tem que sentir o calor aos poucos e levar no flaflu, ou seja, virando. Já a costela é ir primeiro no osso porque ao esquentar o osso já vai assando a carne por dentro. Então tem tudo a ver esta técnica.
5. E o tempero, o sal? É sal grosso e sem esfregar na carne. Só coloca e pronto.
6. E os acompanhamentos? Quais casam melhor com os assados? O pãozinho com alho é fundamental e manteiga, margarina não. Tempero verde mais salsa.
7. E as saladas? Quais mais adequadas? Cebola, pepino, tomate, alface. A maionese de batata, por incrível que pareça, não casa bem no estômago.
8. Que tipo de sobremesa é melhor? Abacaxi no final. E já começa com o mamão para facilitar a digestão.
Depois, com fotos, contarei como foi o aprendizado e já agendo churrasco para demonstrar a minha evolução. Me aguardem, até.