quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Os segredos do Churrasco

A carne bem assada é a glória de muitas pessoas que entendem bem da arte de espetar, fazer o fogo e colocar para assar vários tipos de cortes e acessórios que fazem do churrasco um das mais belas e apetitosas refeições do mundo. No entanto, esta arte que está nas entranhas da cultura gaúcha, tem as suas idiossincrasias e se meter de pato a ganso pode ser desastroso.

Explico melhor, querer fazer um bom assado pode acabar em pedaços mal assados, cru ou queimados, sem sabor, que deixarão na memória de todos a péssima imagem de que, com aquele assador, nem pensar.

Felizmente, para amenizar os problemas e ser uma luz para aqueles que desejam investir na arte de bem fazer o churrasco surgiu a mente brilhante do Mauro Abreu de Camargo. Há mais de 20 anos ele vem conhecendo as características das carnes e o resultado no momento em que vão para fogo. E o melhor é que ele resolveu empreender toda esta bagagem de conhecimento através do projeto Embaixador do Churrasco.


Eu tenho no sangue as características de pessoas que lidam com carne e com o ato de assar. Meu pai, Nonato Carvalho de Oliveira, foi tropeiro na década de 40 e nos anos 70 comi muita carne, pra lá de bem feita por Ele, tanto na panela como no espeto. E o Pai nos deixou em 1975 e assim me desencorajei em enfrentar os espetos já que estava com 11 anos. Junta-se a isso que sempre vivi em apartamento há mais de há 30 anos desde que sai de Pelotas para estudar em Porto Alegre com passagens por Caxias do Sul e Gramado.

Agora, como a ajuda do Mauro e de todos que vão participar do curso de Churrasco neste dia 23 de novembro, à noite, espero tirar dúvidas e encarar de vez os espetos, sem medo, e servir bem as pessoas que estiverem comigo. Eis alguns questionamentos:

1.       Como espetar os diversos tipos de carnes? Poderia ter sido tratado com mais profundidade, mas perdi o medo e a prática vai ensinar. Vou encarar. Sinto que estou determinada para tal.

2.       Quando a carne começa a ficar pronta? Aqui, o grande segredo é a força do calor do fogo. Tem que ter fogo bom, caso contrário o churrasco falha. A máxima sempre é colocar um pouco em cima e depois ir baixando. O calor excessivo sapeca e não assa. E, claro que a experiência com grandes assadores, como o amigo Sadi, sempre é um aprendizado. Ou seja, a prática é sempre fundamental.

3.       Quando colocar no fogo? Depois que o braseiro estiver muito bom, sem carvão preto.

4.       E o corte com muita carne em relação aquele que tem osso? O ensinamento foi que o corte com muita carne tem que sentir o calor aos poucos e levar no flaflu, ou seja, virando. Já a costela é ir primeiro no osso porque ao esquentar o osso já vai assando a carne por dentro. Então tem tudo a ver esta técnica.

5.       E o tempero, o sal? É sal grosso e sem esfregar na carne. Só coloca e pronto.

6.       E os acompanhamentos? Quais casam melhor com os assados? O pãozinho com alho é fundamental e manteiga, margarina não. Tempero verde mais salsa.

7.       E as saladas? Quais mais adequadas? Cebola, pepino, tomate, alface. A maionese de batata, por incrível que pareça, não casa bem no estômago.

8.       Que tipo de sobremesa é melhor? Abacaxi no final. E já começa com o mamão para facilitar a digestão.

Depois, com fotos, contarei como foi o aprendizado e já agendo churrasco para demonstrar a minha evolução. Me aguardem, até.